- Pedro Valls Feu Rosa - http://pedrovallsfeurosa.com.br -

No que vai dar?

Dia desses recordava um interessante pensamento de Paulo Guedes, segundo o qual “é preciso viver no mundo da lua – de lá se enxerga melhor a Terra”.

Eis aí um conselho que deveria ser seguido pela humanidade! Nada melhor que uma certa distância para, com serenidade, vermos realidades que nos passam quase que desapercebidas, absorvidas pelas agruras do cotidiano.

Você já parou para pensar que, neste momento, há conflitos armados em andamento – simultâneamente – na Síria, no Iraque, no Yemen, na Palestina, no Líbano, no Afeganistão, no Paquistão, na Ucrânia, na Líbia, no Sudão do Sul e na Turquia?

Ao mesmo tempo, a China avisa que não respeitará a decisão de dado tribunal internacional acerca da soberania sobre algumas ilhas do Mar da China – e que recorrerá à força, se preciso for. Aliás, o jornal oficial do Partido Comunista daquele país alertou para o fato de que este deve preparar-se para confrontos militares.

Do outro lado do planeta, tropas da OTAN estão sendo empilhadas em plena fronteira com a Rússia, em inédita escalada de tensões. Li, no mais importante jornal russo, o “Pravda”, uma significativa pergunta: nós estamos, como sempre estivemos, preparados para a guerra – e o Ocidente?

A propósito, há dias o ponderado líder Mikhail Gorbachev alertou para o fato de que, a persistir este quadro, uma “Guerra Fria” dará margem a uma “Guerra Quente”. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, um relatório emitido pelo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas comprova estar crescendo o risco de um conflito de grandes proporções.

Na Europa, o subcomandante da OTAN lançou um livro, no qual profetiza uma guerra de grandes proporções para o primeiro semestre de 2017. O respeitado analista político Carlos Murillo prevê este conflito para a próxima década, mas diz torcer para que o mesmo venha logo, de forma a poupar ao máximo a América Latina.

Buscando explicar este quadro, aparentemente incompreensível, o advogado internacional e analista Barry Grossman alertou para o fato de que membros da elite mundial veem em um conflito dessas proporções uma oportunidade inédita de ampliação de lucros e de poder. Será?

Contemple, agora, o aumento da pobreza e da desigualdade pelo mundo afora, causado por uma ordem social tão injusta quanto insustentável – e comece a orar muito!