O nome dele é Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssglbb

Dia desses um amigo me mostrou uma relação de brasileiros portadores de nomes exóticos. Enquanto percorria a lista com os olhos, ouvi de meu interlocutor a expressão “só brasileiro mesmo para inventar uns nomes desses”. Confesso que esta frase aguçou minha curiosidade. Resolvi fazer uma pesquisa mais ampla sobre o assunto.

Comecei descobrindo um menino sueco cujo nome é Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssglbb. Alguém aí consegue pronunciar o nome dele? Eu tentei. Mas não consegui de jeito nenhum. Cheguei à conclusão de que não levo jeito para nomes. De qualquer maneira, fico imaginando a mãe deste pimpolho lá na maternidade, exclamando “como é bonito o meu Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssglbbzinho” – pensem na cara dos médicos!

Logo em seguida encontrei um caboclo que se chama “Captain Fantastic Faster Than Superman Spiderman Batman Wolverine Hulk And The Flash Combined”. Ou “Cap” para os íntimos. Imaginem a confusão que vai ser quando algum locutor de aeroporto chamá-lo para embarcar. Ou pensem no pobre funcionário da empresa de cartões de crédito que for encarregado de acomodar um nome deste tamanho em um pequeno pedaço de plástico.

Constatei, em minha pesquisa, que Adolfo Hitler está vivo, goza de boa saúde e mora lá no Equador. Sim, há um equatoriano que carrega o nome do ditador nazista. Para compensar, deparei-me com um outro humano chamado “Cavaleiro Jedi”, aquele herói do filme “Guerra nas Estrelas”. Deve ser interessante um encontro desses dois.

Falando em personagens de filme, lá em Singapura habita um elemento que atende pelo nome de “Batman Bin Suparman”. Feroz, esse sujeito! Mas talvez não tanto quanto o peruano James Bond, personificação sul-americana do famoso agente secreto inglês 007.

Minha descoberta seguinte foi a de uma senhorita cujo nome é “Marijuana Pepsi Jackson”. Detalhe: “marijuana”, em inglês, significa maconha. Já pensaram se ela resolver ser policial? Teremos pelas ruas talvez a única “Detetive Maconha” de todo o planeta.

Há também o caso de um uruguaio que na pia batismal recebeu o nome de “Email Suarez”. Deve ser um fanático por informática. E que dizer de uma menina, nascida na Nova Zelândia, que foi registrada como “Talula Does The Hula From Hawaii”, algo como “Talula Dança a Hula do Havaí”? Esta, pelo menos, deu sorte: um juiz de lá, ao saber do caso, determinou que seu nome fosse alterado.

E assim caminha a humanidade. No Panamá apareceu uma tal de “Disney Landia Rodriguez Juarez”, seguramente uma adepta do Mickey Mouse. E nos Estados Unidos um advogado chamado “David Jury”, com certeza um especialista na área criminal.

Complicada mesmo é a situação de um médico da California, nos Estados Unidos, que se chama Ricardo Açougueiro (“Richard Butcher”). Você iria consultar-se com um doutor de nome tão sinistro? Curioso também é o nome de uma jornalista lá da China: Jennifer 8. Lee. Na cultura chinesa o número oito simboliza prosperidade e boa sorte.

Falando em sorte, quem vai precisar dela é um norte-americano que se chama “Ei Você Me Arrebentaria”. Já um outro escolheu o rumo oposto: chama-se “Homem Que Arrebenta”. Já pensaram se eles dois algum dia se encontrarem pelas ruas? Vai voar pena pra todo lado…

Diante de todos estes nomes, aceitos e chancelados pelas autoridades competentes em pleno século XXI, cheguei a duas conclusões. A primeira: a realidade suplanta a imaginação. E a segunda: deu a louca no mundo!