Dos fenômenos

Registros da imprensa especializada dão conta que na culta e invejada Suíça a violência doméstica representa uma ameaça muito maior do que o crime organizado. Pesquisadores advertem que o impacto da violência doméstica não deve ser subestimado, e acrescentam que as autoridades muitas vezes carecem de competência e habilidade para tratar do problema.

Estudos da Fundação Nacional de Ciência, daquele país, mostraram que os autores da violência doméstica constantemente voltam a reincidir.

Os dados da pesquisa sobre o problema foram encaminhados ao Governo, que determinou ao Ministério da Justiça que examinasse as medidas a serem adotadas.

Enquanto isso na culta e belicosa Inglaterra, uma mulher de 80 anos ficou presa, durante um ano, no Hospital, porque sua família não dispunha de recursos para pagar a conta do tratamento efetuado.

Só foi liberada quando a família conseguiu levantar, entre parentes e amigos, o necessário para quitar a dívida da octogenária.

O porta-voz do Hospital declarou que a atitude tomada era para forcar as famílias a terem mais responsabilidade, principalmente com relação aos idosos.

Na mesma Inglaterra, solo abençoado e privilegiado, onde nasceu Shakespeare, o órgão especializado do Governo denunciou a falta dos devidos cuidados higiênicos por parte da industria alimentícia.

Com efeito, a fiscalização governamental apurou que um terço dos trabalhadores que lidam com alimentos não lavam as mãos antes de tocarem nos produtos fabricados; só um terço entendia que práticas higiênicas eram importantes para suas atividades; muitos operários não possuíam conhecimentos sobre o assunto, e nunca tiveram treinamento sobre técnicas de higiene.

Por incrível que pareça, no corrente ano cerca de cinco e meio milhões de pessoas disseram que foram envenenadas por alimentos, sendo que três quartos delas vomitaram o que comeram.

As autoridades britânicas estão tomando medidas para forçar as empresas a tomarem os devidos cuidados higiênicos na elaboração de seus produtos.

Mas o Brasil não fica atrás no que se refere a curiosidades judiciárias ou assemelhadas.

Se não, vejamos:

Ao julgar uma ação de despejo contra um restaurante da Estação das Docas, o juiz Amilcar Guimarães, da Primeira Vara, narrou uma história que acreditou ser aplicável ao caso.

Um engenheiro, um contador, um químico e um advogado discutiam sobre quem tinha o cachorro mais esperto. Para se exibir, o engenheiro chamou sua cadelinha, “Régua T, faça aquilo!” Prontamente, o animal subiu numa mesa, pegou papel, caneta e desenhou um círculo, um quadrado e um triângulo. Todos, assustados, concordaram que era uma cadela bem esperta.

Mas o contador disse que o seu animal fazia melhor. Chamou sua cadelinha e disse: “Planilha, vai fundo!” A cadela entrou na cozinha e de lá saiu com doze biscoitos, que ela dividiu em três pilhas de quatro. Ainda mais assustados, todos concordaram que aquilo era surpreendente.

Porém o químico gritou que a sua cadela era melhor: “Molécula, vai lá!” O animal levantou-se, abriu a geladeira, pegou um litro de leite, um copo de 300 ml e nele pôs exatamente 200 ml de leite, sem derramar. Silêncio. Todo mundo ficou abismado.

Num instante, alguém virou para o advogado e perguntou: “E o seu cachorro, o que faz?”: “Processo, sua vez!” O cão pulou do seu canto, comeu os biscoitos, tomou o leite, fez cocô no papel desenhado, engravidou três cadelas, alegou que havia trabalhado muito e que os filhotes que iriam nascer não eram dele, cobrou os 20% que lhe são de direito e por fim requereu do dono dos outros cachorros indenização por danos morais e materiais.

Com a história, o Juiz concluiu sua sentença decretando o despejo do restaurante. No caso, “Processo” alugou um restaurante na Estação das Docas, um dos lugares mais bonitos do Brasil, com ar condicionado e espetacular vista para baía do Guajara; nunca pagou um centavo por isto; está usando o imóvel há mais de dois anos gratuitamente e ainda requer indenização por perdas e danos. Só pode ser piada; é impossível que não seja piada”.

Esta noticia saiu publicada no jornal “O Liberal”, de Belém do Pará, no dia 26 de novembro último.

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