Problemas nacionais

A imprensa publicou recentemente denúncia gravíssima de uma brasileira residente nos Estados Unidos, segundo a qual, os livros de geografia, lá, estão mostrando o mapa do Brasil amputado, sem o Amazonas e o Pantanal mato-grossense.

Estão ensinando nas escolas que essas áreas são internacionais, ou seja, em outras palavras, estão preparando a opinião pública para dentro de alguns anos se apoderarem de nosso território, com legitimidade.

Conforme transmissão, por Correio Eletrônico (via e:mail na Internet), nossos patrícios advertem:

“Todos nós já ouvimos falar que os americanos querem transformar a Amazônia num parque mundial com tutela da ONU, e que os livros escolares americanos já citam a amazônia como floresta mundial, pois chegou às nossas mãos o livro didático “Introduction to Geography”, do autor David Norman, livro amplamente difundido nas escolas públicas americanas para a Junior High School (correspondente à nossa sexta série do primeiro grau).

Olhem o anexo e comprovem o que consta à página 76 deste livro e vejam que os americanos já consideram a amazônia uma área que não é território brasileiro, uma área que rouba território de oito países da América do Sul, e ainda por cima tem caráter essencialmente preconceituoso”.

E concluem nossos patrícios: “Vamos divulgar isso para o maior número de pessoas possível a fim de podermos fazer alguma coisa ante esse absurdo”.

O mencionado trecho do livro norte-americano diz textualmente:

“A antiga reserva internacional da floresta amazônica – A partir da metade dos anos 80 a mais importante reserva florestal do mundo passou para a responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas. É designada como FINRAF (antiga reserva internacional da floresta amazônica), e sua fundação foi devida ao fato de que a amazônia está localizada na América do Sul, uma das mais pobres regiões do planeta e cercada por países e autoridades irresponsáveis, cruéis. Foi parte de oito países diferentes e estranhos que são, na maioria dos casos, reinos de violência, tráfico de drogas, analfabetismo e um povo atrasado e primitivo.

A criação do FINRAF foi apoiada por todas as nações do “Grupo dos 23″, e foi realmente uma missão especial do nosso país e um presente para todo o mundo, desde a posse dessas valiosas terras, bem como para tais países primitivos, cujo povo estaria condenando os pulmões do mundo a desaparecerem e estarem completamente destruídos em poucos anos.

Podemos considerar que esta área tem a maior biodiversidade do planeta, com imenso número de espécies de todos os tipos de animais e vegetais. O valor dessa área é impossível de ser calculado, mas o mundo pode estar certo que os Estados Unidos não deixarão que esses países latino-americanos explorem e destruam este verdadeiro patrimônio da humanidade.

O FINRAF equivale a um parque internacional, com regras muito rigorosas de exploração”.

Trata-se, como se vê, de mais uma observação valiosíssima sobre assunto que temos abordado outras vezes.

O mundo, após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos, já não é o mesmo. Os americanos assumiram de maneira ostensiva e incontrastável, o papel de donos absolutos do mundo, que, como diziam os antigos, é “Senhor de baraço e cutelo”, ou seja, exerce, a seu alvitre, o direito de justiça.

Sob o pretexto de prender Osama Bin Laden, as superpoderosas forças militares americanas atacam por terra, mar e ar, um dos países mais atrasados do mundo – o Afeganistão – cuja população, desarmada e indefesa, é simplesmente aniquilada.

Isto nos faz lembrar o grande escritor americano, Ernest Hemingway, quando, em seu famoso livro “Por quem os sinos dobram?”, referindo-se aos sinos que tocavam quando cada revolucionário era executado, concluía: “Os sinos tocam por ele, e por cada um de nós. Aqueles sinos tocam por todos nós”.

Parafraseando Hermingway, poderíamos dizer: aquelas bombas não estão caindo apenas sobre os afegãos. Estão caindo sobre todos nós.

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